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quarta-feira, 14 de março de 2012

Professores paralisam atividades por três dias

Escolas da rede pública municipal e estadual do Rio Grande do Norte estarão com as portas fechadas a partir de hoje. Não haverá aulas até a próxima sexta-feira. O motivo é a paralisação nacional dos professores que durará três dias. No Estado, o movimento poderá ser estendido caso o indicativo de greve seja aprovado em assembleia que será realizada no início da tarde de hoje.
A greve temporária é organizada, todos os anos, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Esse ano, o órgão quer chamar atenção da sociedade para o que é definindo como "descaso de grande parte dos gestores públicos em não cumprir a Lei Nacional do Piso do Magistério". Além disso, diz a nota da CNTE, "os professores também vão defender o maior investimento público em educação, com a previsão de 10% do Produto Interno Bruto no Plano Nacional de Educação (PNE)".

No Rio Grande do Norte, a categoria está em negociação desde o início do ano. Professores estaduais e da rede municipal da capital pleiteiam reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho [veja box]. Na tarde da última segunda-feira, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN) se reuniram com a secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho. Na ocasião, a gestora apresentou o Novo Projeto de Educação do Rio Grande do Norte, projeto que, segundo a secretária, ainda está em construção.

Entre os pontos exigidos pelos professores, está o pagamento do Piso Nacional dos Professores. No início do mês, a governadora Rosalba Ciarlini anunciou que irá pagar o valor fixado em R$ 1.450,00 para 30 horas, obedecendo um reajuste de 22,22%. Segundo Betânia, os professores da rede estadual receberam aumento de 63,77% nos últimos meses. "Concedemos um reajuste de 34% em 2011. Com o o atual aumento, totalizamos 63,77% acumulados nos últimos seis meses. Um aumento histórico que precisa ser registrado", disse.

A secretária acredita que avançou nas negociações e não acredita em um nova paralisação da categoria. "Fomos muito prejudicados com a greve de 70 dias ano passado. Uma greve agora seria totalmente sem sentido", afirmou.

Apesar dos "avanços", como ressalta Betânia, a possibilidade de greve não está descartada. De acordo com a presidente do Sinte-RN, Fátima Cardoso, há incertezas com relação a alguns pontos. "Há divergência com relação ao reajuste de 22,22% para os aposentados. A proposta do Governo é de que o aumento seja dividido em quatro parcelas cumulativas entre abril e julho. Outro ponto que não houve consenso é com relação ao pagamento do retroativo de janeiro", disse. O futuro das aulas na rede estadual será decidido logo mais à tarde, durante assembleia da categoria.
Fonte: Tribuna do norte

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